Carlos Chagas
Fica difícil acreditar na promessa da presidente Dilma de que limitará a campanha da reeleição a apresentar as realizações de seu governo e do passado governo Lula. Anunciou que não tomará conhecimento de outros candidatos ou candidatas, quer dizer, não aceitará polêmicas.
Saberemos na próxima terça-feira, quando do primeiro debate entre os candidatos, na TV-Bandeirantes. Criticada ou agredida, terá a presidente nervos para ignorar acusações variadas? Coisa parecida acontecerá nos programas de propaganda gratuita: ofendida, dará de ombros?
Mesmo prevendo-se debates e exposições sem radicalismos, verificados com certa educação, Dilma estará obrigada a replicar. Caso contrário, passará recibo de fraqueza ou de arrogância. No referido primeiro debate, daqui a três dias, perguntas serão feitas de candidatos para candidato. Com certeza será indagada sobre a corrupção nas administrações petistas. Silenciará? O que dizer das acusações envolvendo a Petrobras? Da entrega de ministérios a partidos anteriormente flagrados em malfeitos?
As campanhas eleitorais caracterizam-se por diversos matizes, entre eles as denúncias contra adversários. Aécio Neves e Marina Silva, presumidamente dispostos a não baixar o nível, nem por isso deixarão de aproveitar a importância de censurar o governo. De corpo presente ficará pior. Não se espera que Dilma se dirija aos demais contendores com o tradicional preâmbulo do “meu querido” ou “minha querida”, prenunciando chumbo grosso, como acontece em suas entrevistas. Mas se não reagir, perderá votos.
Fonte: http://www.blogdomagno.com.br/index.php
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sábado, 23 de agosto de 2014
A promessa que Dilma não cumprirá
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