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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O CLIMA QUENTE DA POLÍTICA DE SÃO JOÃO




O radialista Eduardo Peixoto, da Rádio Jornal Garanhuns,  fez um comentário muito sensato hoje pela manhã sobre os episódios recentes na cidade de São João. Ele criticou as manifestações realizadas ontem no município, em clima de vandalismo.

Lembrou que o prefeito Genaldi Zumba não foi afastado pelo vereador Jamesson Guilherme e sim pelo Tribunal Regional Eleitoral.

O presidente da Câmara assumiu o Poder Executivo por estar comandando o Legislativo. Foi Jamesson, como poderia ser Antônio, Joaquim ou Manoel. No caso apenas está se cumprindo a Lei.

Os manifestantes de São João argumentam que Genaldi foi escolhido pelo povo e o TRE não estaria respeitando a vontade popular. Ora, se fosse assim governante nenhum do mundo poderia ser apeado do poder depois da votação popular.

Não é assim que a coisa funciona. O prefeito, governador ou presidente é escolhido democraticamente pela população, mas caso seja descoberta pela Câmara, Tribunais de Contas ou Justiça alguma coisa errada qualquer um corre o risco de perder o mandato.

No Brasil, Fernando Collor de Melo foi eleito presidente da República com milhões de votos. Essa foi a vontade popular em 1989. Mas apenas dois anos depois foi afastado pelo Congresso Nacional por não estar agindo direito no cargo. Já pensou se Collor tivesse o direito de fazer o que quisesse, sem risco de impedimento, por conta da tal “vontade popular”?

A respeito da situação de São João temos duas possibilidades legais, sem precisar de vandalismo e pseudos gestos democráticos: 1º) o Tribunal Superior Eleitoral de Brasília modifica a decisão do TRE e Genaldi Zumba volta ao cargo e termina o seu mandato; 2º) O TSE confirma a cassação e o município terá de realizar nova eleição, no dia 6 de abril. Neste último caso será o povo, mais uma vez, que decidirá os destinos da cidade.

SITUAÇÃO DOS CANDIDATOS – Temos três candidatos para disputar a eleição marcada para acontecer em São João, a depender ainda da decisão do TSE: Genival Zumba, Nélson Barbosa e Dantas do PT.

O caso por lá é tão intricado que até o dia 6 de abril ainda poderemos ter novas guerras travadas no âmbito do judiciário. Primeiro tivemos conhecimento de que houve um problema com relação ao vice de Nélson Barbosa, Jucélio Marinho, a princípio, para se manter na chapa. Segundo dizem os socialistas tudo está resolvido.

O petista Dantas parece estar com a situação inteiramente legal, pois pediu exoneração a tempo de um cargo comissionado que exercia na Prefeitura.

Assessores do prefeito interino, porém, divulgaram a versão de que Genival ocupava cargo de confiança no Governo do irmão, não foi exonerado nem por Genaldi nem por Jamesson, o que pode dar problema no registro de sua candidatura. Se isso proceder o clima político vai ficar ainda mais acirrado em São João e é bom desde já o Tribunal Eleitoral, o Governo do Estado, ou o Ministério Público adotarem providências para garantir a segurança no município. Não deixar para fazer isso quando acontecer o pior.

Hoje temos em São João um prefeito assustado, uma oposição um tanto desesperada e candidatos que não atendem telefone nem com reza, como se temessem alguma coisa.

É difícil saber o que vai sair desse quiproquó(Foto publicada originalmente no Blog de Carlos Eugênio).

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