na Praça Mestre Dominguinhos, epicentro do 28º Festival de Garanhuns.
O artista é uma das revelações musicais do estado e possui um trabalho
autoral influenciado pelos nomes da Música Popular Brasileira (MPB).
Por volta das 21 horas foi a vez do MPBossas impregnar a plateia com o estilo
que fez o Brasil ser conhecido pelo mundo. Quem não lembra de Garota
de Ipanema, uma canção consagrada em todo o planeta, cantada até por
Frank Sinatra? O MPbossas é um projeto que reúne André Rio, Roberto Menescal
e Luciano Magno. Clássicos da Bossa Nova brindaram o público com um
show emocionante. "Rio", que é uma composição de Roberto Menescal, foi
cantada por André Rio em homenagem ao colega de palco.
Por volta das 22 horas, Flávio Venturini e sua orquestra comandaram um
momento que deixou o público encantado. Cada nota gerava deleite na plateia.
À medida que as músicas se sucediam, parecia que o público era parte
da orquestra, auxiliando e cantando junto com a banda em vários momentos.
Flávio é mineiro, ex-integrante de bandas como 14 Bis e O Terço.
Em Garanhuns, trouxe para o FIG um repertório que foi desde a música erudita
aos clássicos que marcam a sua longa carreira.
Já passava das 23h00min quando Pedro Luís, com o show Pérolas Negras,
entrou no palco e presenteou o público com uma singela, porém
agradável, homenagem a um ícone da MPB, Luíz Melodia. Com uma praça
quase que completamente tomada, o Samba e a MPB deram o tom
da apresentação. Pedro Luís é integrante dos grupos Monobloco e Na Parede.
Fechando a segunda noite de shows na Praça Mestre Domiguinhos, 3ª do
FIG 2018, ninguém mais, ninguém menos que Daniela Mercury. A baiana,
Rainha do Axé, trouxe uma apresentação que empolgou o público. Com mais de
30 anos de carreira e 19 cds lançados, a diva contagiou a multidão cantando
seus grandes sucessos.
Durante o show, Daniela fez duras críticas aquilo que ela considera
censura explicita contra a peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu.
O espetáculo que entrou na grade do FIG esse ano, sofreu uma forte rejeição
nas redes sociais, sobretudo do segmento católico e evangélico, sendo retirado
da grade oficial do evento por decisão da Fundarpe, após pressão do prefeito
Izaías Régis e da Diocese de Garanhuns. Entretanto, após uma vaquinha
virtual feita por artistas pernambucanos, foram arrecadados 10 mil reais
e a polêmica peça será encenada em Garanhuns, mesmo cancelada no FIG,
desta vez de maneira autônoma. A apresentação ocorre no próximo dia 27 de
julho em local ainda a ser confirmado. Todos os ingressos foram vendidos
no primeiro dia. Durante o desabafo da cantora, imagens de Daniela e de
sua esposa, Malu Verçosa, eram exibidas no telão.
CONFIRA OS PRINCIPAIS TRECHOS DO DISCURSO DA CANTORA
"A arte é livre e singular, a arte é pra incomodar pra fazer pensar,
libertar a cabeça de merda. Não existe civilização sem liberdade.
Não me venha agora com ignorância de conceituar o que é arte e o que
não é arte. Censurar uma peça de teatro por convicções religiosas é
absurdo e isso não é permitido pela nossa Constituição. Ela é Jesus
Cristo sim! Jesus Cristo eu estou aqui. Eu sou gay, sou lésbica... e daí?
Eu falei com Renata Carvalho agora por telefone e ela está muito magoada,
a voz tava embargada. Como é que alguém tem capacidade de oprimir
os travestis que há tantos anos são massacrados? Eu senti vergonha
pelos políticos que fazem isso com as pessoas. É maldade,
desumanidade, ruindade".
Fotos: Hilton Marques- Secom PMG
Fotos: Hilton Marques- Secom PMG
Fonte: http://www.vecgaranhuns.com/
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