Lembrou que o prefeito Genaldi Zumba não foi afastado pelo vereador Jamesson Guilherme e sim pelo Tribunal Regional Eleitoral.
O presidente da Câmara assumiu o Poder Executivo por estar comandando o Legislativo. Foi Jamesson, como poderia ser Antônio, Joaquim ou Manoel. No caso apenas está se cumprindo a Lei.
Os manifestantes de São João argumentam que Genaldi foi escolhido pelo povo e o TRE não estaria respeitando a vontade popular. Ora, se fosse assim governante nenhum do mundo poderia ser apeado do poder depois da votação popular.
Não é assim que a coisa funciona. O prefeito, governador ou presidente é escolhido democraticamente pela população, mas caso seja descoberta pela Câmara, Tribunais de Contas ou Justiça alguma coisa errada qualquer um corre o risco de perder o mandato.
No Brasil, Fernando Collor de Melo foi eleito presidente da República com milhões de votos. Essa foi a vontade popular em 1989. Mas apenas dois anos depois foi afastado pelo Congresso Nacional por não estar agindo direito no cargo. Já pensou se Collor tivesse o direito de fazer o que quisesse, sem risco de impedimento, por conta da tal “vontade popular”?
A respeito da situação de São João temos duas possibilidades legais, sem precisar de vandalismo e pseudos gestos democráticos: 1º) o Tribunal Superior Eleitoral de Brasília modifica a decisão do TRE e Genaldi Zumba volta ao cargo e termina o seu mandato; 2º) O TSE confirma a cassação e o município terá de realizar nova eleição, no dia 6 de abril. Neste último caso será o povo, mais uma vez, que decidirá os destinos da cidade.
SITUAÇÃO DOS CANDIDATOS – Temos três candidatos para disputar a eleição marcada para acontecer em São João, a depender ainda da decisão do TSE: Genival Zumba, Nélson Barbosa e Dantas do PT.
O caso por lá é tão intricado que até o dia 6 de abril ainda poderemos ter novas guerras travadas no âmbito do judiciário. Primeiro tivemos conhecimento de que houve um problema com relação ao vice de Nélson Barbosa, Jucélio Marinho, a princípio, para se manter na chapa. Segundo dizem os socialistas tudo está resolvido.
O petista Dantas parece estar com a situação inteiramente legal, pois pediu exoneração a tempo de um cargo comissionado que exercia na Prefeitura.
Assessores do prefeito interino, porém, divulgaram a versão de que Genival ocupava cargo de confiança no Governo do irmão, não foi exonerado nem por Genaldi nem por Jamesson, o que pode dar problema no registro de sua candidatura. Se isso proceder o clima político vai ficar ainda mais acirrado em São João e é bom desde já o Tribunal Eleitoral, o Governo do Estado, ou o Ministério Público adotarem providências para garantir a segurança no município. Não deixar para fazer isso quando acontecer o pior.
Hoje temos em São João um prefeito assustado, uma oposição um tanto desesperada e candidatos que não atendem telefone nem com reza, como se temessem alguma coisa.
É difícil saber o que vai sair desse quiproquó. (Foto publicada originalmente no Blog de Carlos Eugênio).
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